A pandemia provocou impactos distintos entre os grupos de saúde. No ano passado, as operadoras e seguradoras viram seus lucros saltarem a níveis recordes devido ao cancelamento de procedimentos eletivos – levando, inclusive, o setor a registrar pela primeira vez em sua história uma deflação médica. Já os hospitais, clínicas e laboratórios de medicina diagnóstica amargaram prejuízo ou tiveram lucro pífio, uma vez que a conta dos pacientes acometidos pela covid-19 é menor quando comparada aos custos de cirurgias e exames de alta complexidade. Em 2021, o jogo virou. Os pacientes, que estavam praticamente há um ano sem pisar num consultório, voltaram a realizar procedimentos médicos e, em março, veio a segunda onda da covid-19, numa intensidade muito maior do que a primeira.