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Literacia em saúde: um meio de tomar melhores decisões para viver mais – VivaBem

Redação por Redação
4 de outubro de 2021
em Saúde
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Seiscentos e quarenta e dois mil. Este era o número de paulistas faltosos no dia de tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19, em 20 de julho de 2021. No mesmo período, a situação não era melhor nos Estados Unidos. Apesar da ampla disponibilidade de vacinas, e até a oferta de “prêmios” para quem aderisse à campanha, menos de 50% da população americana compareceu aos postos de vacinação. O que explicaria tal comportamento em meio à maior crise sanitária do nosso tempo?

Entre as possíveis respostas está o momento de incerteza que vivemos, a tendência das pessoas pensarem no pior e a falta de confiança no governo, na opinião dos especialistas e, sobretudo, a dificuldade de ouvir e processar informações sobre saúde.

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Essa conduta já foi observada por estudiosos do que se convencionou chamar de literacia em saúde. Ainda pouco abordada no Brasil, ela é definida como as diferentes e amplas habilidades e competências que cada pessoa utiliza para buscar, compreender, avaliar e dar sentido a informações com o objetivo de cuidar e tomar decisões conscientes sobre a sua própria saúde ou de terceiros.

E isso não se limita à capacidade de ler, escrever e usar a matemática. Abrange também a aptidão para falar, ouvir, identificar conteúdos adequados, bem como ser capaz de lutar por direitos pessoais, da coletividade e no sistema de saúde.

Embora não se tenha estabelecido uma relação de causa e efeito entre a limitada literacia em saúde e resultados de saúde, os especialistas no assunto garantem que há uma conexão entre elas.

Por que isso é importante?

Os dados dos EUA indicam que 90 milhões de pessoas (o equivalente à população da Alemanha) têm limitada literacia em saúde. Nesse quesito, pessoas com níveis socioeconômico e educacional baixos, além dos idosos, são os grupos mais vulneráveis.

No entanto, de acordo com o pesquisador Frederico Peres, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e coautor da obra Literacia Em Saúde, ter maior grau de escolaridade não é garantia de possuir boa literacia.

Há indivíduos que, mesmo tendo tido educação formal, até de nível superior, apresentam dificuldade para discernir informações de saúde. Há ainda aqueles que dão maior importância aos dados que sustentam suas visões políticas ou ideológicas, o que chamamos de viés de confirmação. Frederico Peres, Fiocruz

O fato é que faz parte da vida das pessoas tomar decisões sobre saúde. E isso acontece quando escolhem o que comer, resolvem procurar um médico, leem uma bula de remédio ou o rótulo de um produto, usam um capacete para bike ou aderem (ou não) a campanhas de prevenção de doenças, como a da vacinação.

Quem não possui literacia em saúde desenvolvida acaba, então, mais propenso a:

  • Usar fármacos inadequadamente
  • Não atender às orientações médicas (porque não as entende)
  • Adotar medidas inadequadas no cuidado de doenças crônicas
  • Deixar de usar serviços preventivos
  • Procurar serviços de emergência sem necessidade
  • Ter menor expectativa de vida
  • Sofrer mais acidentes
  • Apresentar menor resposta a estratégias de saúde pública emergenciais (como a vacinação)
  • Acreditar em notícias falsas
  • Negar evidências científicas

Dados do CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA), ao contrário, revelam que quem possui bom nível de literacia em saúde, em geral, é mais saudável. Portanto, está mais capacitado a adotar práticas preventivas de proteção da própria saúde e de seus familiares.

Informação disponível e acessível

Pessoa em dúvida, homem confuso, dúvidas, questões - iStock - iStock
Imagem: iStock

Na opinião de Rima Rudd, professora sênior de literacia em saúde, educação e políticas públicas da Escola de Saúde Pública T.H. Chan de Harvard (EUA), apesar de todas essas evidências científicas, a responsabilidade pela não adesão às vacinas da covid não pode ser colocada nas mãos dos cidadãos.

Ela diz que cabe à sociedade prover informações precisas, além de serviços que sejam facilmente acessados, habilitando as pessoas a agirem e a tomarem suas decisões. “Mais do que uma competência, a literacia em saúde é uma interação [entre os entes públicos e a população]”, pontua a especialista.

Rudd afirma que é preciso distinguir o que é informação disponível e informação acessível. Ela explica que a informação pode até estar disponível em um site, por exemplo, ou em uma unidade de saúde, mas nem sempre quem necessita dela consegue acessá-la. Ela justifica tal conclusão com os resultados de um recente estudo que avaliou literacia em saúde e o acesso à internet/computadores.

Concluiu-se que as pessoas não tinham a habilidade de procurar informações. Em muitas situações, isso se deu porque elas não tinham computador ou acesso à internet, situação semelhante à do Brasil. Contudo, tal questão não foi considerada nos planos de vacinação da covid-19.

Para melhorar esse estado de coisas, Rudd sugere que instituições e indivíduos insistam na construção de uma comunicação clara e na remoção de barreiras de acesso —porque não se pode esperar que as pessoas aprendam uma nova linguagem científica ou o jargão médico.

Ao focarmos somente nas limitações das pessoas, vamos ter de esperar que a educação melhore. A saúde pública, os cientistas e todos os profissionais da área da saúde têm o dever de melhorar essa comunicação, escrevendo textos mais acessíveis, facilitando as tarefas que as pessoas precisam cumprir e removendo as barreiras nos sistemas de saúde e nas instituições. Rima Rudd

Aproximação da comunidade

Se é assim, diante de uma pandemia, é responsabilidade do Estado proteger e promover a saúde de seus cidadãos, garantindo-lhes bem-estar. É dele também que deveriam partir as iniciativas de disponibilizar informações mais claras e precisas sobre as medidas a serem adotadas diante de um perigo potencial como o Sars-CoV-2.

No entanto, a ansiedade e a desconfiança imperaram como consequências de dados ambíguos e contraditórios.

Nos EUA, o grupo que mais reluta em vacinar-se é a população negra. A socióloga Christina Zarcadoolas, que se dedica ao estudo de literacia entre vulneráveis, em Nova York, conta que, em seu país, há um histórico horrível de experimentos científicos feitos com negros encarcerados ou pobres, sem os seus consentimentos [ela exemplifica com famoso caso Tuskegee].

Trata-se de um experimento médico realizado nos EUA que é usado como exemplo de má conduta científica. Homens com sífilis participaram da pesquisa sem saber. Parte ficou sem tratamento para que se observasse a progressão natural da doença. Os doentes não foram informados sobre seu diagnóstico e jamais deram seu consentimento.

“Esse fato —imoral e antiético— ainda está bem vivo na memória familiar e comunitária”, diz Zarcadoolas.

Como, então, convencer essas pessoas? Para a socióloga, a situação atual é uma oportunidade para se aproximar da comunidade, compreender suas desconfianças, entender quais são os setores nos quais ela não se sente pronta para agir, bem como identificar quais são as questões desconhecidas e não percebidas.

Outra alternativa, diz a socióloga, seria trabalhar a confiança, a consciência do que é fake ou verdadeiro. “Quando empoderamos um indivíduo ou uma comunidade, todos os aspectos que envolvem a literacia progridem: o cívico, a ciência, a política e a saúde”, conclui Zarcadoolas.

Desafio comum

Fake news 013 ajustado - iStock - iStock
Imagem: iStock

Ter literacia em saúde é um aprendizado que deve ser cultivado e desenvolvido ao longo da vida, e é influenciado por fatores sociopolíticos, culturais, demográficos e ambientais. Mas as saídas para melhorar essas habilidades dependem também de esforços combinados das instituições de saúde, educacionais e organizações —públicas ou privadas.

A imprensa e as mídias sociais, com seus formatos criativos de divulgação científica, estão inseridas nesse grupo ajudando as pessoas a encontrar informações seguras, mostrando como conferir datas e fontes e indicando a origem dos dados reportados.

Além de combater a desigualdade, o desafio de todos esses entes é conseguir disponibilizar conteúdos confiáveis (impressos ou falados), de fácil compreensão, educativos, centrados nas pessoas e no aprimoramento de suas habilidades.

Fontes: Rima Rudd, professora sênior de literacia em saúde, educação e políticas públicas do Departamento de Ciências Sociais e do Comportamento da Escola de Saúde Pública T.H. Chan de Harvard (EUA); Christina Zarcadoolas, sociolinguista com 30 anos de experiência no estudo da linguagem e literacia junto a populações vulneráveis. Foi professora associada do Departamento de Medicina Comunitária e Preventiva da Escola de Medicina Monte Sinai (Nova York); Frederico Peres, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Referências: Peres, F., Rodrigues, K.M., Silva, T.L. Literacia em Saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2021; Lee HY, Jin SW, Henning-Smith C, Lee J, Lee J. Role of Health Literacy in Health-Related Information-Seeking Behavior Online: Cross-sectional Study. J Med Internet Res. 2021 Jan 27;23(1):e14088. doi: 10.2196/14088. PMID: 33502332; PMCID: PMC7875696; CDC (Centers for Disease Control and Prevention); UNMC College of Public Health (Univesity of Nebraska Medical Center).

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